sábado, 22 de maio de 2010

HOMENAGEM PÓSTUMA AO GRANDE ESTADISTA LEONEL BRIZOLA

No dia vinte e um de junho de dois mil e quatro
Todo Brasil entristeceu
A televisão e os rádios bradavam
Leonel Brizola morreu
Vamos lembrar a história
De quem viveu muitas glórias
Nesta caminhada que escolheu.



Vinte e dois de janeiro de vinte e dois
Leonel Brizola nasceu
A cidade de Carazinho, no sul
Foi o berço seu
Leonel Brizola muito amado
Foi um predestinado
Um enviado de Deus.

Leonel Brizola não morreu
Para seus amigos e parentes
Vive em nossos corações
Esse homem honesto e valente
Dele esqueceremos não
Presidente do PDT, sempre à frente
Será lembrado com emoção.



O nosso querido Brizola
Junto de Getúlio e Jango está
Rogando ao Deus do céu
Para o Brasil melhorar
Aqui ficamos com dor
Reconhecemos o valor
De quem nunca parou de lutar.

Laje Bahia, 23/06/2004
Autor João Batista dos Santos(Jojó)
Presidente do PDT, de Laje – Bahia


Em mil novecentos e quarenta e sete
Foi eleito Deputado Estadual pra valer
Deste homem bravo e lutador
Nunca vamos esquecer
Gente honesta assim é
Deputado de Fé
Eleito pelo PTB.



Em Março do ano cinquenta
Com Dona Neuza se casou
O Deputado João Gulart,
O casamento aprovou
Getúlio Vargas foi o padrinho
Testemunhou com carinho
Esta união, este amor.

Em Outubro de cinquenta e oito
Foi eleito Governador
Ao Rio Grande do Sul, querido,
Todo tempo dedicou
Brizola, dos riograndenses preferido
Nunca será esquecido
Pelo povo que governou.

Chegou a Deputado Federal
Espaço que Deus lhe deu
Legislador competente
Sempre foi exemplo seu
Deputado bom é assim
Nada faz de ruim
Sendo abençoado por Deus

Não devemos esquecer
Que o Rio de Janeiro Governou
Exemplo de honestidade
Leonel Brizola deixou
O povo carioca agradeceu Autor João Batista dos Santos
Todo bom exemplo seu Laje, 23/06/ 2004
Honestidade lealdade e muito valor.

Veio a Revolução de sessenta e quatro
Para João Gulart afastar
Brizola sempre resistiu
Jango achou melhor exilar
A revolução foi muito cruel
Exilou-se em Montevidéu
Sem saber quando voltar.

Veio o AI um
Para o nó arrochar
Teve seus direitos políticos suspensos
Sem poder reclamar
Lei perversa e cruel
Atingiu nosso Leonel
Sem direito a protestar.

Só em setenta e um
Depois de tanta arrumação
Leva a família para Montevidéu
Com muita preocupação
Dona Neuza sem poder resistir
Teve mesmo que partir
Com muita dor no coração.

Expulso do Uruguai
Em Nova Yorque foi morar
Logo se mudou para Portugal
Em Lisboa foi parar
Promoveu um encontro trabalhista
Tentando alguma conquista
A Carta de Lisboa veio publicar.

Depois de quinze anos de exílio
Brizola ao Brasil voltou
Trazendo muita esperança
Este homem sonhador
O seu lugar é aqui
Nunca mais vai sair Laje Bahia 23/06/2004
Porque é nosso protetor. Autor: João Batista dos Santos(Jojó)

Queria o PTB
Ivete Vargas não liberou
Querendo continuar o trabalho
Que Getúlio Vargas iniciou
O trabalhador não pode perder
Fundou o PDT
E o trabalho não parou.

Lutou pelas eleições diretas
Querendo trazer para o Brasil uma solução
No comício da Candelária
Pessoas foram mais de um milhão
É assim que se faz política
Quem tem ideologia participa
Branco, Preto e Índios somos todos irmãos.



Novembro do ano oitenta e nove
Querendo a presidência chegar
Recebeu onze milhões de votos
Mas ficou em terceiro lugar
No segundo turno Lula apoiou
Fernando Collor ganhou
Mas a luta vai continuar.

Mais uma tentativa
Leonel Brizola enfrentou
Saindo Vice de Lula
PDT e PT coligou
Não obteve vitória
O nosso Leonel Brizola
Mesmo assim não Desanimou.

O Estadista Leonel Brizola
Em tudo se fez presente
Elevando o PDT
Do qual sempre foi Presidente Laje Bahia: 23 de junho de 2004
Reeleito em dois mil e três Autor: João Batista dos Santos
Presidente mais uma vez
Por ser muito competente.

O Estadista Leonel Brizola
Deixa uma lacuna sem fim
Seus amigos e parentes
Não queriam assim
Homem honesto e trabalhador
Foi morar com Nosso Senhor
Para século sem fim.



Leonel Brizola querido
Tudo está consumado agora
Você nos deixou sozinhos
Partindo para Eterna Glória
Viva sempre com Deus
Para nós você não morreu
“Porque saiu da vida para entrar na história”.






Laje Bahia 23 de junho de 2003
Autor; João Batista dos Santos (Jojó)
Presidente do PDT de Laje–Bahia.

domingo, 16 de maio de 2010

Hino de Laje - Bahia



Doravante, confiantes
Vamos todos os filhos desta terra
Erguer mais alto a nossa bandeira
E amando-a de coração

Gritar o nosso amor com gritos fortes
E com braços fortes abraçar nossos irmãos.(bis)

Laje, Laje,
Laje, terra do meu coração.(bis)

São teus montes, tuas matas
Dádivas da natureza
São teus rios e cascatas
Prova de eterna grandeza.
Teus campos verdes
Tuas lindas Flores
São dois amores que enriquecem sua beleza.

Laje, Laje,
Laje, terra do meu coração.(bis)

Laje, 1981.
Letra: João Batista dos Santos(Jojó)
Música: Miro e Uberlúcio

O HINO DE LAJE


Atenção, caro leitor
Para esta explicação
Hino de Laje é perfeito
Não tenho dúvida, não
Ouça a letra e certifique
Sua total perfeição.


Os montes que eu citei
Não é inverdade, não
Suas cachoeiras bonitas
Dão-nos paz no coração
Foi, por isto, que mencionei
Nossa Senhora da Conceição.


Suas jazidas que riqueza
Ajudam nossa economia.
Nossas matas estão devastando
De noite, também de dia.
Por isso peço socorro
A Santa Virgem Maria.


Laje, terra do meu coração,
Por filho me adotou
Por isto dou graças todos os dias
Ao Deus, Pai e Senhor,
Que me trouxe pra viver aqui
Trinta e três anos recebendo, os fluídos do amor.


Citei também as lindas flores
De vários perfumes a exalar
São flores de todos os tipos
Brotando aqui e acolá
Tudo isso é beleza
Pra quem sabe apreciar.


Seus campos lindos e formosos
Ainda estão por aí...
Onde cantavam as perdizes
Hoje não canta sequer a juriti,
Porque devastaram tudo
Crime maior nunca vi..


Autor: João Batista dos Santos (Jojó).
Laje Bahia, 28/07/2001.

JOANA, MINHA QUERIDA MÃE

Dorme conosco a lembrança
E nos acorda a saudade.
Nasce o viver de esperança
Onde mora a realidade?

Setenta e nove anos, criança!
Pura ternura, e bondade!
Na tempestade e bonança
Evoca o pai, nessa idade!...

Minha mãe, doce criatura,
Que agora se transfigura,
Transpôs o portal da sorte!...
Esta alma pura

Ela se foi?
É verdade?
Mutação, não
Fatalidade

O fim chegou
De uma alma forte
Fatalidade não
É morte.

Mil novecentos e oitenta e nove
Quatorze de maio sim
Dias das mães
É só tristeza para mim

Quem tiver sua mãe
Cuide dela e trate bem
Pois tesouro maior no mundo
É difícil não tem.

Mãe é uma pérola
Que devemos ter no coração
Muitos filhos não valorizam
Dedicando-lhe ingratidão

Minha mãe para o céu se foi
Em um dia de muita alegria
Justamente no dia das mães
Para a eterna glória ela partira.

Minha mãe querida
É uma santa para mim
Tenho certeza que todos os irmãos
Também pensam assim

Quando amanheceu o Dia das Mães
Todos nós com alegria
Pretendíamos abraçá-la
Mas ela nos deixou naquele dia.

Foi realmente triste
Um desespero total
Todos os filhos reunidos
Naquele hospital.

Ela me olhou e sorriu
Foi muito triste àquela hora
Como quem dizia vou partir
E não faço demora.

Os aparelhos ligados
Todos nós de plantão
Dizendo: adeus, mãe querida,
No fundo do nosso coração.

João Batista dos Santos
14/05/1989.

domingo, 25 de abril de 2010

História de João Batista dos Santos (Jojó) em versos

No dia vinte e quatro de junho
À meia noite nasci
Na cidade de Gandú
Onde pouco tempo vivi
Um mil e novecentos e trinta e nove
Considero muito nobre
O ano que nasci

Meu genitor, Manoel Fernandes dos Santos
Homem honesto e trabalhador
Minha genitora, Joana Cardoso
A eles dediquei muito amor
Meu pai, homem fiel
Minha mãe, doce mel
Um casal de valor.

No mesmo ano que nasci
Para Buris meu pai mudou
Com minha mãe e meus irmãos
Para fazenda do meu avô
Muito alegre ficou minha vó
Que disse, nunca vocês ficarão sós!
Com a graça de Nosso Senhor.

Em plena Segunda Guerra Mundial
Meus primeiros anos vivi
Na fazenda do meu avô
Lugar chamado Buris
Querosene veio faltar
Queimava-se jacarandá
Iluminação pior nunca vi

Em mil novecentos e quarenta e seis
No Baixão viemos morar
Vida muito difícil
Meu pai veio enfrentar
Consertando e fabricando sela
A vida não era bela
Sem previsão de melhorar.

Em mil novecentos e quarenta e sete
Um eclipse aconteceu
Às dez horas da manhã
Tudo escureceu
Eu achava que era castigo
Fiquei pensando comigo
O povo todo morreu.

E mil novecentos e quarenta e oito
Tivemos que retornar
No povoado de Corte de Pedra
Viemos todos morar
Uma casa coberta com palha nos esperava
Quando chovia tudo molhava
Não tínhamos pra quem apelar.

Minha infância foi sacrificada
Quando eu precisava viver
Meu pai muito rígido
Fazia-me sofrer
Quando eu ia jogar bola
Meu pai aparecia com uma sola
E me botava pra correr.

Aos doze anos de idade
Numa padaria fui trabalhar
Pouca força eu tinha
Para o trabalho enfrentar
Que vida triste e cruel
É como uma taça de fel
Que era obrigado tomar.

Deixando a padaria
Numa alfaiataria fui trabalhar
Lutando para aprender
Calças costurar
Edson Carvalho foi meu mestre
Isto foi mais um teste
Que tive de enfrentar

Fui trabalhar de ajudante
No caminhão de Antonio Chofer
Pensando que era melhor
Mas constatei que não é
De ajudante de caminhão
Tornei-me um grande peão.
Mas de vencer nunca perdi a fé

Fui tentar a vida em Salvador
Numa oficina fui trabalhar
Muitas noites trabalhando
Para ônibus consertar
O patrão Sazinho não reconhecia
Todo trabalho que eu fazia
O que me obrigou a parar

João Cardoso juntou-se a Meira
Para um caminhão velho comprar
Eu retornei de Salvador
Para com eles trabalhar
Foram alguns anos de dureza
Mas quem não possui riqueza
Tem mesmo que enfrentar.

Em mil novecentos e cinqüenta e oito
Deixei João Cardoso e Meira
Fui Para São Paulo aventurar
Fiz uma grande besteira
Voltando no mesmo ano
Preparei outro plano
Para tirar minha carteira

Cardoso comprou um caminhão novo
E voltou a me convidar
Eu fiquei entusiasmado
E voltei a trabalhar
João Cardoso, meu irmão
Tinha um bom coração
Fazia tudo para me ajudar.

Em mil novecentos e cinqüenta e nove
Tirei minha habilitação
Continuei trabalhando
Com meu querido irmão
O primeiro emprego aparecia
Foi a amigo Pedro Farias
Meu primeiro patrão.



Em mil novecentos e sessenta
Começou a vida melhorar
Arranjei uma moça linda
Pensando em me casar
Cleusa Andrade Bulhões, querida
Nunca será esquecida
Viverei para te amar.

Fui trabalhar na Fazenda Garapa
Dirigindo caminhão
Com o patrão Baraquísio
Só tive decepção
Para Corte de Pedra voltei
Com João Cardoso trabalhei
No seu novo caminhão.

Pouco tempo depois
Com meu irmã, Nelson, fui trabalhar
No ano de sessenta e dois
Resolvi me casar
No mês de abril dia vinte e dois
Não quis deixar para depois
Tive mesmo que me “amarrar”.

Viajando para o Rio de Janeiro
Com Nelson, meu irmão
Dirigindo seu Roquete
Era um bom caminhão
Nelson se preocupava demais
Quando olhava para tras
E via muito chão.

Depois de algum tempo
Com Belmiro fui trabalhar
Viajando para Salvador
Dia e noite sem parar
Não havia paradeiro
Eu queria ganhar dinheiro
Para meus planos realizar.

Com quatro meses de casado
Indo para Lapa com lotação
Tombei o carro em Caitité
Foi uma grande confusão
Quase machuquei minha mulher
Com o peso do meu pé
Na cabina do caminhão.

Logo que cheguei da viagem
Belmiro vendeu o caminhão
Fiquei meses desempregado
Sem ganhar um tostão
Foi um grande tormento
Alguns meses de sofrimento
Sem dinheiro para comprar o pão.

Não devemos desanimar
Quando a coisa fica ruim
Precisamos ter fé em Deus
Tudo no mundo é assim
Na vida tudo acontece
Quando não se espera aparece
O bem que está pra vir.

Fui para o Entroncamento de Valença
Com Pompílio trabalhar
Estava a fim de tudo
Para minha vida arrumar
Viajando para Salvador,
Belo Horizonte e São Paulo, sim senhor,
A Rio Bahia tive que enfrentar.

Chegando a Belo Horizonte
Com Pompílio me estranhei
Pompílio brigar com motorista
Não foi a primeira vez
Pompílio era homem “insulto”
Eu tinha o pavio curto
Brigamos alguma vez.

Certo dia, bem cedo,
Chegando pra viajar
Vestido com roupa azul
Não é pra ignorar
Pompílio e os filhos e D. Lina
Vestidos de azul “bonina”
Estavam a me esperar.

A vida de caminhoneiro
É vida muito cansada
Vivendo indo e voltando
Morando mesmo na estrada
Um dia serei feliz
Meu pensamento assim diz
Terei uma vida abençoada

Fui trabalhar na Paviterra
Fazendo terraplanagem
Mas como peão de trecho
Não há prosperidade
Pouco tempo trabalhei
Um carro velho comprei
Conquistando assim minha liberdade

Rodando dia e noite
Para o carro velho pagar
Gandú- Salvador, Salvador- Gandú!
Era mesmo pra lá e pra cá
Vivia rindo a toa
Mesmo a vida não sendo tão boa
Estava tentando prosperar.

Depois de um ano
Um carro mais novo comprei
Mudando para Entroncamento de Valença
Onde pouco tempo passei
Ivone Bulhões foi me convidar
Para em Laje vir morar
Para dar o sim não hesitei

Chegando em Laje
Tudo como se combinou
Carga não faltava
De Laje para Salvador
Meu carro não ajudava
Porque sempre quebrava
Mas não me desanimou

Vendi o caminhão
Para meus débitos pagar
Ficando sem dinheiro
Para a vida recomeçar
Fabricando bebidas para vender
Trabalhando pra valer
Para o pão não faltar.

Aprendi com João Cardoso
Ser honesto e trabalhador
Não há nada melhor no mundo
Do que um bom professor
Trabalhando com honestidade
Senti que a prosperidade
Ao meu lado encostou.

Em mil novecentos e sessenta e nove
A JOBASAN veio funcionar
Vendendo vinhos e cachaça
Lutando sem parar
Estalei a indústria de refrigerantes
Para mim foi muito importante
Tudo veio melhorar.



Quero lembrar agora
Dos meus filhos amados
São a razão do meu viver
Sempre estando ao meu lado
Nunca serão esquecidos
Mesmo depois de eu ter partido
Serão por Deus abençoados.



A minha primogênita
Muita alegria veio trazer
É Maria Aparecida Bulhões
Que sempre nos deu prazer
Andando vendendo alegria
Da minha querida “Fia”
Nunca vou esquecer.



O meu segundo filho
Por todos muito amado
Kennedy Bulhões dos Santos
Nunca fica calado
Homenageei um presidente
De outro Continente
Assim será sempre lembrado.



Minha querida caçula
Quero lhe homenagear
Dizendo que muito me honra
O seu limpo caminhar
Alessandra Bulhões dos Santos, querida
Nunca será esquecida
Eternamente ao meu lado estará.

[...]



O quinto filho está chegando
Com a Bíblia na mão
Que será para todos nós
Construtor de Salvação
Estou falando de Thiago Oliveira
Que tem uma fé verdadeira
E de Deus a proteção.

Quero neste momento
De a minha esposa lembrar
Quarenta e quatro anos vividos juntos
Temos uma história pra contar
Espinhos no caminho encontramos
Com o sol do amor sufocamos
Eternamente vou te amar.









Quero falar também
Da minha satisfação
De ter seis lindos netos,
Murilo, Rodrigo, Caio, Karol, Kaíque e João
Vocês são um esplendor
Dedico todo carinho e amor
De todo meu coração.

Voltamos a falar da JOBASAN
A primeira indústria de Laje
Que ao Município engrandeceu
É bom relembrar essa fase
A perseguição política fechou
O que eu construí com amor
Esta é a verdade.

Eu e meus empregados
Ficamos sem ter o que fazer
Vivendo preocupados
Do raiar ao anoitecer
Todos nós agora parados
Sabemos quem é o culpado
Sem nada poder fazer.

Eu com sessenta e sete anos
Idade um pouco avançada
Mesmo assim é ruim
Ficar sem fazer nada
Não tenho aposentadoria
Estou mesmo numa fria
Nesta minha caminhada.

Estou apelando agora
Para o tempo que fui vereador
Tentando me aposentar
Perder a fé eu não vou
Quatro anos de Vice-Prefeito
Sempre fui um homem direito
Serei um grande vencedor.

Quarenta e nove anos lutando
Desde que em Laje cheguei
Somados aos anos anteriores
Com muita coragem e altivez
Trabalhando sem parar
Deus vai me ajudar
Feliz um dia serei.

Quero também falar
Da minha formatura
Agradeço a Nelson da Mata
Que é boa criatura
Aos quarenta e sete anos de idade
Tive a felicidade
De obter mais cultura.

Agradeço ao Centro Educacional de Laje
E ao grande Deus Javé
Por terem me animado
E aumentando minha fé
Hoje tenho uma formatura
Agradeço de alma pura
Ao professor Josué.

Continuarei trabalhando
Para a vida melhorar
Sabemos que não é fácil
Mas temos mesmo que lutar
Como homem honesto e crente
Vou sempre firme em frente
Um dia chegarei lá.

Tudo na vida passa
Tudo na vida tem um fim
Mas quando o homem é trabalhador
Nada acontece de ruim
Lutar para ser feliz
Foi o que eu sempre fiz
Deus está olhando para mim.

Às vezes, a sorte não ajuda
Na luta em busca do pão
É por isso que si diz, “quebrador de coco
Morre com a pedra na mão”
Tudo isso é piada
Ainda dou risada
Desta minha situação.

Cinquenta e quatro anos
Trabalhando sem parar
Dia e noite viajando
Para Deus me ajudar
A vida está chegando ao fim
Tudo de bom para mim
No céu vou encontrar.

João Batista dos Santos em 10/05/2006

Nesta altura da vida
Estou me sentindo humilhado
Sempre dei duro na vida
Para não ser mal olhado
Fico muito triste assim
Ver a vida chegando ao fim
Tudo dando errado.

Quero neste momento
Pedir toda atenção
Vou dar a volta por cima
Desta ingrata situação
Porque Deus no céu está
E com certeza vai me ajudar
Com a divina proteção.

Não é mentira nenhuma
Tudo que tenho revelado
Sei que ninguém vai dar jeito
Porque são coisas do passado
Não quero deixar no esquecimento
Todo esse sofrimento
Aqui por mim relatado.

Tenho fé na providência
Que melhores dias virão
Não foi a toa que meu pai
Me, pôs o nome João
Lutarei até o fim
Nada achando ruim
Com a Divina Proteção.



Quero muito perdão
A minha esposa pedir
Ela sofreu bastante
Sem nunca desistir
Mulher honesta e de muita fé
Maravilhosa você é
As bênçãos de Deus estejam sobre ti.

Vivo atualmente afastado
Da minha religião
Cristã Católica Apostólica
Recebida por tradição
No Ano passado com muita alegria
Formei-me em Teologia
É muito bom ser cristão

A Bíblia Sagrada é uma Jóia
É fonte de salvação
Por isso nunca fica velha
Devemos tê-la nas mãos
Precisamos ter cuidado ao ler
E nunca esquecer
Que veio por tradição.

É bom lembrarmos da política
Que também é coisa de valor
Enfrentei muitas vezes
E doze anos fui vereador
Fazendo tudo com jeito
Fui também Vice-Prefeito
Porque o povo aprovou.

Rompi com o Prefeito
Por não me dar atenção
Saí candidato a prefeito
Porém com os pés no chão
Em mil novecentos e noventa e dois
E noventa e seis, logo depois
Derrotado, não fui não.

Agora na política
Só quero os amigos apoiar
Nada de ser candidato
Eu posso sim, senhor, explicar
Sessenta e sete anos de idade
Esta é a verdade
Preciso me acomodar

Agora vou tentar viver
Com muita paz no coração
Os últimos dias que tenho
Com toda Satisfação
A vida é um Dom de Deus
Agradeço os anos que me deu
Com Jesus no Coração.

A história que construí
É uma história comprida
Muitos espinhos encontrei
Na estrada da minha vida
Só me resta agradecer a Deus
Os sessenta e sete anos que me deu
E as Graças recebidas.



Uma esposa maravilhosa
Igual ninguém tem
Filhos e netos ótimos
Genros e nora também
Graças a Ti Senhor
Tudo me deste com amor
Vida melhor só no além.

Quando deixar esta vida
Muita saudade levarei
Aparecida, Kennedy e Alessandra!
Murilo, Toni e Caio verei!
Rodrigo, Kaíque e Karol, também
Quando eu estiver no Além
Por todos vocês orarei.

Meus genros maravilhosos
Que meus filhos também são
No futuro, só Deus sabe,
A mim substituirão
Dediquem todo cuidado as filhas minhas
Elas são as Rainhas
Que vive em cada coração.

Minha esposa, também
Vocês a guardarão
Nunca deixem lhe faltar nada
Eu agradeço de coração
Tenham tudo em comum
É bom sempre ter mais um
Assim, felizes serão.

Em mais algum tempo partirei
Rumo à Eternidade
A meus queridos Kennedy e Thiago
Entregarei toda responsabilidade
De continuar a família unida
A batalha não é perdida!
A união é força, é verdade.

Termino neste momento
Toda minha narração
Quando para o Além eu partir
Levarei paz no coração
Tenho certeza que meus pedidos
Nunca serão esquecidos
No porvir, um dia, vocês me verão.
João Batista dos Santos.:
FIM.