Dorme conosco a lembrança
E nos acorda a saudade.
Nasce o viver de esperança
Onde mora a realidade?
Setenta e nove anos, criança!
Pura ternura, e bondade!
Na tempestade e bonança
Evoca o pai, nessa idade!...
Minha mãe, doce criatura,
Que agora se transfigura,
Transpôs o portal da sorte!...
Esta alma pura
Ela se foi?
É verdade?
Mutação, não
Fatalidade
O fim chegou
De uma alma forte
Fatalidade não
É morte.
Mil novecentos e oitenta e nove
Quatorze de maio sim
Dias das mães
É só tristeza para mim
Quem tiver sua mãe
Cuide dela e trate bem
Pois tesouro maior no mundo
É difícil não tem.
Mãe é uma pérola
Que devemos ter no coração
Muitos filhos não valorizam
Dedicando-lhe ingratidão
Minha mãe para o céu se foi
Em um dia de muita alegria
Justamente no dia das mães
Para a eterna glória ela partira.
Minha mãe querida
É uma santa para mim
Tenho certeza que todos os irmãos
Também pensam assim
Quando amanheceu o Dia das Mães
Todos nós com alegria
Pretendíamos abraçá-la
Mas ela nos deixou naquele dia.
Foi realmente triste
Um desespero total
Todos os filhos reunidos
Naquele hospital.
Ela me olhou e sorriu
Foi muito triste àquela hora
Como quem dizia vou partir
E não faço demora.
Os aparelhos ligados
Todos nós de plantão
Dizendo: adeus, mãe querida,
No fundo do nosso coração.
João Batista dos Santos
14/05/1989.
domingo, 16 de maio de 2010
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